Foi na segunda metade do século XIX que se cimentaram as bases para o desenvolvimento que viria a ocorrer em Vila Verde na primeira metade do século seguinte.
Antenor Santos, na sua obra Vila Verde Terra de Samarreiros, onde imortaliza tantas figuras a quem Vila Verde deve o seu desenvolvimento, aponta o início da atividade típica da povoação: o comércio de peles e curtumes, em meados do século XIX. A chegada do caminho de ferro à estação mais próxima, Nelas, em 1882, terá sido, na sua opinião, o acontecimento que mais contribuiu para o aumento dos negócios, favorecendo as trocas comerciais entre as localidades do interior e os grandes centros. Também a agricultura conheceu, nessa altura, um grande desenvolvimento. Com efeito, a chegada do comboio permitia agora enviar para as grandes cidades os produtos (agrícolas e pecuários, sobretudo o queijo da serra e também as peles) que, até aí, só encontravam um mercado de proximidade.